"You are young, my son, and, as the years go by, time will change and even reverse many of your present opinions"

terça-feira, abril 18, 2006

O que é Páscoa?

Quando criança...

Filho - Papai, o que é Páscoa?
Pai - Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!
Filho - Igual ao Natal?
Pai - É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
Filho - Ressurreição?
Pai - É, ressurreição. Marta, vem cá!
Mãe - Sim?
Pai - Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
Mãe - Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
Filho - Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?
Mãe - O que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe ! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
Filho - Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
Mãe - É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
Filho - O Espírito Santo também é Deus?
Mãe - É sim.
Filho - E Minas Gerais?
Mãe - Sacrilégio !!!
Filho - É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?
Mãe - Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
Filho - Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
Mãe - Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
Filho - Coelho bota ovo?
Mãe - Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais !
Filho - Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
Pai - Era... era melhor,sim... ou então urubu.
Filho - Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? - Que dia ele morreu?
Pai - Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.
Filho - Que dia e que mês?
Pai - (???) Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.
Filho - Um dia depois!
Pai - Não três dias depois.
Filho - Então morreu na Quarta-feira.
Pai - Não, morreu na Sexta-feira Santa.. ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde ! Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como ? Pergunte à sua professora de Catecismo!
Filho - Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua ?
Pai - É que hoje é Sábado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o Apóstolo que traiu Jesus.
Filho - O judas traiu Jesus no Sábado ?
Pai - Claro que não ! Se Jesus morreu na Sexta !!!
Filho - Então por que eles não malham o Judas no dia certo ?
Pai - Ui...
Filho -Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
Pai - Cristo. Jesus Cristo.
Filho - Só ?
Pai - Que eu saiba sim, por quê?
Filho - Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha ?
Pai - Ai coitada!
Filho - Coitada de quem?
Pai - Da sua professora de catecismo!

Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, março 28, 2006

coisa de mulherzinha

Prezada mulherzinha,
Se existe alguém que pode falar o que vou falar para você, sou eu. Então, por favor, tenha a humildade de admitir que sei o que estou falando. Pois o que eu te direi é duro, mas poderá te fazer um bem enorme.
Chega. Chega de se comportar assim. Como se estivesse lutando pelo posto de rainha da bateria. De miss Maravilha do Mundo. Basta de ataques, dessa competitividade suburbana - eu sou a melhor, eu sou a mais alta, eu sou a mais gostosa do pedaço. Ninguém tá ligando a mínima se você corre 10 quilômetros ou se aplicou Botox nessa sua testa sem expressão. Ou se você é assim porque ainda não passa de uma menininha que quer ser mais perfeita que a mãe, conquistar o amor do pai e ser a primeira da classe. Esse teu afã psicopata de vencer todas as paradas só te deixa ridícula. E me faz querer usar um termo que odeio: coisa de mulherzinha. Mulherzinha é que tem essa mania de estar sempre desconfiada das amigas, porque todas teriam inveja do seu corpão e do seu cabelão estilo falso-loiro-natural-cinco-tons. Lamento informar, querida, que ninguém sente inveja de você. Por isso, chega de dizer por aí que, para não atrair olho grande, é bom ficar de bico fechado sobre a tal possível promoção que você terá no trabalho. Relaxa, ninguém está a fim de ser você. Tente, portanto, ser você com mais leveza. E lembre-se: esse negócio de dizer que não se pode confiar em mulheres só comprova que você é uma pessoa maliciosa. Sendo que isso está longe de ser porque você é fêmea.
Quando vejo você tagarelando sobre seus feitos sexuais, sinto-me num filme ruim sobre ginasianas americanas. Todas fanhas e excitadas. Chega, tá? De azucrinar os outros com essa sua boca-genital lambuzada de gloss, cuspindo baixos-clichês, simulando uma modernidade que você não tem. Nunca mais caia no ridículo de fazer "sexo casual" com nenhum tipo de homem, mais velho ou mais novo, casado ou solteiro, porque todo mundo já sabe que você finge tudo. Que goza, que não se sente fácil, que não liga quando os caras não telefonam no dia seguinte. Seja honesta uma vez na vida: confesse. Que você não é nada tão wild quanto se vende. Que não sabe falar tão bem inglês assim. Que fez escova progressiva. Que tem dermatite. E enfim você terá alguma paz, pois se reconhece humana, e não a barbie boba que você procura ser. Acredite: idiotice só te faz charmosa para os cafajestes. Se continuar assim, nunca vai aparecer aquele cara bacana que você gostaria que aparecesse; para lutar por você, até te conquistar, e destruir essa tua linda silhueta com uma gestação de 15 quilos.
É triste, amiga Mulherzinha, mas você terá que abrir mão da máscara de rímel que cobre a sua verdade.

Fernanda Young - Revista Claudia Abril 2006

quarta-feira, março 22, 2006

Quem sou eu?

I'm a little bit of everything
all rolled into one

I'm a bitch, I'm a lover
I'm a child, I'm a mother
I'm a sinner, I'm a saint
I do not feel ashamed
I'm your health, I'm your dream
I'm nothing in between
You know you wouldn't want it any other way

I'm a bitch, I'm a tease
I'm a goddess on my knees
when you hurt, when you suffer
I'm your angel undercover
I've been numbed, I'm revived
can't say I'm not alive
You know I wouldn't want it any other way

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Meu outro homem

Sim! Estou apaixonada por outro homem!

Não foi nada premeditado, simplesmente aconteceu! E foi amor à primeira vista!

Ele vem me conquistando mais e mais ... a cada dia, uma nova descoberta!

Um sorriso, um toque, um olhar ...

É um amor sem cobranças, puro e simples!

Ele tem um cheiro delicioso, que permanece comigo o dia todo!

Seu sorriso é encantador ... e seu corpo, perfeito ...


(ele, meu filho Leonardo de 6 meses, me faz a mulher mais feliz do mundo a cada dia)

Filho, mamãe te ama!

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Previsões para 2005

- Vou me achar a mulher mais linda e poderosa do mundo ...
- Vou sentir um sono incontrolável ...
- Algumas estrias novas vão surgir no meu corpo ...
- Algumas celulites novas também vão aparecer ...
- Meu corpo vai mudar, e eu vou achar cada mudança linda ...
- Meu peito vai inchar e doer ...
- Vou dormir menos com o passar dos meses ...
- Vou fazer xixi de meia em meia hora ...
- Vou engordar alguns quilos ...
- Vou chorar e rir ao mesmo tempo ...
- Minha filha vai ficar mais grudada comigo ...
- Meu marido vai me paparicar ...
- As pessoas vão me ceder o lugar e eu não vou precisar pegar fila ...
- Vou gastar minhas economias ...
- Vou me sentir completa, mais uma vez ...

É, se você ainda tinha alguma dúvida, estou grávida ...

Feliz natal :)

terça-feira, novembro 16, 2004

Minha vida sem mim

Ganhador do Festival de Berlim de 2003, "My life without me" é de uma sensibilidade brutal, se é que existe tal coisa. O filme conta a história de Ann, uma jovem de 23 anos e mãe de duas filhas, sem perspectivas de vida, baixa renda (ela e o marido vivem num trailer no quintal da mãe) e um emprego de servente numa universidade. Ao fazer um exame, ela descobre ter um tumor que está se espalhando rapidamente e que lhe restam apenas dois meses de vida. Ann, no entanto, esconde a doença de todos e resolve tomar as rédeas da situação, vivendo as experiências que sempre quis (e que pode) realizar, além de amarrar as pontas soltas de sua vida.

"Minha vida sem mim" é um daqueles filmes que permanece com o espectador por muito tempo após ter este deixado o cinema. É um filme para ser sentido e refletido, então saiba disso antes de fazer dele programinha de sábado à noite. Quem se arriscar, no entanto, vai encontrar um tesouro.

Vale a pena destacar a trilha sonora. Simplesmente espetacular!

Assista. E não esqueça a caixinha de lenços de papel!

sexta-feira, setembro 24, 2004

Ontem ela ainda era um bebê ...

Hoje ela já pinta as unhas, faz escova, sabe quem é Marta Suplicy, leva livro pra escola, sabe assoviar, estalar os dedos, já vai sozinha pro parquinho, joga charme para um amiguinho chamado Paulinho ...

Ai, ai ... o tempo passa rápido ...

Saudades!